No regresso a Roma, após participar
da Jornada Mundial da Juventude no Rio de Janeiro, ainda abordo do avião,
concedeu uma entrevista aos repórteres que se encontravam a bordo; falou sobre
diversos temas, todos, teoricamente, voltados aos dogmas da igreja católica.
Abordou temas como o escândalo no
banco do vaticano, o divórcio, o aborto, as mulheres e a ordenação e o
homossexualismo. Mas sem dúvida o fato que mais chamou a atenção deste escriba
foi a forma simples com quer abordou a economia mundial, de forma simples e
direta, sem se expressar na linguagem do “economês” que as vezes de tão difícil
torna-se indecifrável para os leigos.
O papa simplesmente preferiu dizer
que o mundo hoje é movido pelo dinheiro e que nada mais importa senão o lucro
imediato; e falou isto ao abordar o tema sobre “os excluídos”.
Disse o Papa Francisco, que a
ganância pelo dinheiro está excluindo do mercado de trabalho as duas pontas do
processo, os idosos já sem a capacidade laborativa e os muito jovens sem
experiência; aponto a ganância pelo dinheiro que ao excluir as duas pontas do
processo preocupa-se apenas com resultados imediatos, empregando somente
aqueles que podem produzir imediatamente, sem treinamentos, pois já estão
treinados. O processo elimina a ponta dos idosos que com sua experiência e
conhecimento poderiam estar ensinando a outra ponta do processo, a dos jovens
inexperientes.
Falou em dois países da Europa, um
com 32% de jovens desempregados e outro com 22% dos mesmos jovens
desempregados, sem citar nomes é claro que se referia a Espanha e a França e
que estes números não são importantes e não são divulgados pela grande mídia
que faz parte do processo, mas enfatizou que basta as bolsa de valores dos
grandes centros cair 2 ou 3 pontos percentuais para se tornar notícia no mundo
todo e com grande destaque.
Resumindo foi isto que o Papa
Francisco falou a respeito dos excluídos, uma verdadeira aula do que é o mundo
capitalista e sua economia de resultados; tudo pelo dinheiro e pela ganância.
Isto me levou a relembrar o
presidente Lula da Silva que cera vez disse que o Brasil estava imune as crises
mundiais e que para o país a crise de 2010/2011 na passaria de uma marolinha;
pois agora vemos que não foi uma marolinha e sim uma verdadeira “tsunami” e
cujos resultados ainda estão longe de serem conhecidos; PIB pífio, inflação
rondando novamente o país, medidas descabidas que levam ao aumento da dívida e
do dólar, importações em alta e exportações em baixa, gerando déficit extraordinário
na balança comercial e a diminuição do colchão de segurança.
E para finalizar dois aspectos
interessantes para se pensar: o primeiro quando o governo diz que as
manifestações populares são frutos dos ganhos sociais da população que estava
mal acostumada e agora exige mais e mais e a outra quando o Brasil que gaba-se
de nada mais dever ao FMI sofre deste séria advertência e as recomendações para
que aumente suas taxas de juros e freie a farra das desonerações fiscais que
vem se mostrando ineficazes nos últimos anos.
Realmente a aula do Papa Francisco
foi magnífica.