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Niterói, Rio de Janeiro, Brazil


Formado técnico em contabilidade no ano de 1972 e bacharel em ciências contábeis no ano de 1991.

Auditor certificado pelo CRC-RJ.

Carreira profissional iniciada do PRODERJ, seguindo-se CRUZEIRO DO SUL e VARIG.

Atualmente lidera o time de profissionais da NITSERVICE - Niterói Serviços Empresariais Sociedade Limitada (marca fantasia: Consultoria Rio Apa).

Possui diversos trabalhos de interesse publicados em revistas especializadas.

Participou e participa ativamente em cargos de direção de associações civis com detaque para as seguintes: Iate Clube Icaraí, Federação de Vela do Estado do Rio de Janeiro, Rio Vela Clube, Iate Clube de Ramos, União dos Escoteiros do Brasil - Região RJ e Associação dos Veleiros da Classe Sharpie.

quarta-feira, 21 de agosto de 2013

Alta do Dólar Dói no Bolso do Consumidor

Em meio a diferentes apostas sobre o comportamento futuro do dólar, há apenas uma certeza por parte dos economistas: a moeda americana não deve voltar tão cedo à casa dos R$ 2, valor em que era negociada no início do ano, apesar do ligeiro recuo em relação ao real na semana passada.

Hoje, o dólar comercial, que é usado no comércio exterior, ganhou fôlego e encerrou o pregão cotado a R$ 2,45.

O dólar já acumula valorização superior a 10% no ano frente à moeda brasileira e já ultrapassou o patamar de R$ 2,30, considerado o limite superior de uma "banda informal" aceita pelo governo para não prejudicar a inflação.

O ciclo de alta teve início em meados de maio deste ano. Desde então, o governo vem tentando frear o avanço da moeda americana. Em junho, o Ministério da Fazenda zerou o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) para investimentos estrangeiros em renda fixa e derivativos na esperança de atrair dólares. O tributo vinha funcionando como uma espécie de "barreira" à entrada de dólares no país.

Simultaneamente, o Banco Central vem realizando leilões da moeda americana no mercado futuro (chamados de "swap cambial"), com o objetivo de puxar a cotação do dólar para baixo. A BBC Brasil ouviu especialistas para entender o que há por trás da recente valorização do dólar e seus principais reflexos para a economia brasileira.

Para especialistas, a principal explicação para a alta do dólar vem dos Estados Unidos. Havia a expectativa de que o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) poderia, em breve, reduzir os estímulos à economia do país. A aposta é baseada em dados que sinalizam uma recuperação da atividade econômica dos EUA, como a expansão maior do que prevista do PIB no segundo trimestre (de 1,7%) e a queda do desemprego, que atingiu o menor nível em quatro anos. Esta expectativa confirmou-se no dia de hoje.

Para economistas, outro fator que explica a trajetória recente de alta do dólar é, em menor grau, a perspectiva negativa para a economia brasileira. Com espaço limitado para políticas de estímulo à economia e juros mais altos, o mercado já prevê um crescimento mais baixo para o Brasil este ano.

Uma das maiores preocupações em relação à valorização da moeda é a inflação. Nos últimos 12 meses encerrados em julho, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a inflação oficial medida pelo IBGE, foi de 6,27%, abaixo dos 6,7% registrados no período anterior, porém acima do centro da meta.

Desde 1999, o Brasil trabalha com um sistema de metas de inflação anual. O centro da meta para 2013, estabelecido pelo Conselho Monetário Nacional, é de 4,5% , mas o BC admite, ainda dentro da meta, uma variação de dois pontos percentuais para cima e para baixo.

Com o dólar apreciado, os produtos importados ficam mais caros. Em paralelo, em alguns casos, a exportação passa a se tornar mais atraente para o produtor, que passa a vender para outros países (pois ele passa a receber mais reais pelo mesmo produto vendido ao exterior em dólar). A menor oferta (no mercado interno) tende a elevar o preço nas prateleiras.

Segundo o IBGE, os reflexos da alta do dólar ainda não puderam ser observados claramente na inflação do mês passado. No entanto, o preço do pão francês, cuja matéria-prima, o trigo, é importada em sua maioria, saiu de uma deflação de 0,05% para uma alta de 0,68% de junho para julho. O mesmo aconteceu com a farinha de trigo, que passou de 0,76% para 1,33% no período.

No grupo excursões, que inclui as viagens, o aumento da inflação foi de 6,49% em julho, frente a uma variação de 0,49% no mês anterior, influenciado por uma alta do preço das passagens aéreas e tarifas de ônibus.

Em linhas gerais, a alta do dólar prejudica as importações, ao passo que beneficia as exportações. Na avaliação dos economistas, o impacto será negativo na balança comercial (registro do que país vende e compra do exterior), que registra as importações e as exportações do país. No acumulado do ano, o saldo está negativo em US$ 5 bilhões, um recorde histórico.


O dólar mais caro, por outro lado, torna os produtos importado mais caro e como consequência, como disse acima, haverá menor oferta de produtos elevando os preços duas vezes, a primeira para reajustar os preços ao valor pago em dólares e a segunda alta será provocada pela lei da oferta e procura; menos produtos mais consumidores, preço maior.

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