Hoje vou falar um pouco sobre um tema que considero empolgante; as sociedades civis de natureza não econômica.
Gosto; e como gosto deste ramo de negócio que concentra as antigas sociedades sem fins lucrativos. É nesta categoria que se concentra hoje a minha carteira de clientes e entre eles estão associações representativas de classes produtivas, associações de moradores e de bairros, federações esportivas, clubes esportivos e sociais, igrejas, institutos sociais, condomínios e tantas outras instituições cujo objetivo principal não é o lucro e sim promover o bem social em aspectos diversos. Tenho até um bloco carnavalesco como cliente.
É uma área dinâmica, nada repetitiva, onde cada cliente tem uma missão, uma visão do seu negócio e valores próprios; não visam lucro, porém também não foram criadas para o prejuízo, o que significa possuir orçamentos anuais para serem cumpridos e acompanhados mês a mês; é isto que me empolga. Não existem rotinas.
Os pilares de sustentação destas instituições se representam pela sua direção, pelos seus associados e por seus colaboradores remunerados. É, neste tripé, que se concentram os esforços para que se alcancem os macro-objetivos para os quais cada uma dela foi fundada.
Em empresas mercantilistas existem parâmetros bem definidos para a administração, para as finanças e para o pessoal, todos em direção ao lucro; nas associações de natureza não econômica também existem parâmetros bem definidos para a administração, para as finanças e para o pessoal que aliados aos associados seguem todos em direção ao bem estar social.
Então podemos afirmar que o lucro maior destas instituições é alcançar o bem estar de sua comunidade interna e externa. Não é fascinante este mundo? Eu acredito que sim e por isso me dedico em estudar e assessorar estes empreendimentos.
O mais notável é que em alguns seguimentos das sociedades de natureza não econômica a concorrência é ainda mais acirrada do que entre empresas com natureza econômica mercantil; querem um exemplo? Caminhem pela estrada Fróes e reparem quantos clubes náuticos existem ali; são quatro e estão localizados nos números 400, 418, 450 e 700.
Não existem segredos entre eles, todos sabem como cada um opera e que seguimento de mercado procuram atingir, embora possuam as mesmas características náuticas. Notável; concorrem entre si e não se escondem e nem se mascaram um dos outros; ao contrário disto promovem até reuniões em conjunto na busca de alternativas que melhorem seus serviços e até mesmo possuem um convênio para exploração em conjunto de uma estação retransmissora de rádio freqüência e uma associação onde discutem problemas e soluções e nos eventos sociais de um os demais freqüentam com os mesmos direitos.
Este seguimento é tão espetacular e de um dinamismo tão particular que atualmente me dedico a escrever um livro voltado especialmente para ele; chamar-se-á "A Contabilidade Aplicada Para Sociedades de Natureza Não Econômica". Neste trabalho abordo aspectos contábeis, financeiros e orçamentários das instituições em um universo quase infinito de variáveis e aplicações.
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